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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Páscoa em Lua cheia


Desde os primórdios da cristandade que a data da Páscoa, dia em que se celebra a ressurreição de Cristo, é fundamental para a estruturação de todo o calendário litúrgico cristão.
A determinação inequívoca do dia da Páscoa para que esta seja celebrada no mesmo dia do calendário por toda a cristandade, independentemente da sua localização geográfica, constituiu um problema que só foi normalizado no primeiro concílio de Nicéia em 325 d.C.
Nesse concílio, convocado pelo imperador romano Constantino, foi determinado que o dia da Páscoa fosse celebrado no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia que ocorra em ou logo a seguir ao equinócio da primavera, no hemisfério norte (21 de Março).
Mas a determinação do equinócio, através do calendário então seguido, não garantia uma “coincidência” entre a previsão e a realidade, por imperfeição contida no mesmo. O calendário Juliano (assim designado em honra a Júlio César) em vigor ao tempo do primeiro concílio de Nicéia continha em si uma imprecisão de cerca de 11 minutos e 14 segundos em excesso em cada ano.

terça-feira, 19 de abril de 2011

O futuro do modelo padrão


Traços de partículas numa câmara de bolhas. Fotografia colorida da interacção de um neutrino na câmara de bolhas no FermiLab, próximo de Chicago. O neutrino entra na câmara de bolhas na extremidade direita mas não deixa traço porque é electricamente neutro. Interage quase imediatamente com um protão produzindo um mistura de partículas que seguem para a esquerda, curvando no campo magnético da câmara.

Os neutrinos têm sido, desde sempre um motivo de angústia na comunidade científica. Levou décadas desde a primeira insinuação da sua existência até à detecção efectiva da sua presença. Então, quando estudaram os neutrinos oriundos do sol, os cientistas ficaram espantados porque a quantidade de neutrinos detectada era muito inferior àquela que deveria ser produzida. Esta diferença foi explicada por aquilo que se denomina a oscilação de sabor, que causa a mudança entre três tipos de neutrinos conhecidos: neutrino do electrão, neutrino do Muão e neutrino do Tau. Agora, os investigadores têm-se deparado com outro enigma: os antineutrinos sofrem uma oscilação de sabor a uma taxa diferente da dos seus “negativos”. Esta constatação juntamente com a impossibilidade de detectar o bosão de Higgs, peça fulcral neste modelo científico, têm posto em causa a continuidade do modelo padrão.

domingo, 17 de abril de 2011

Vaivéns já têm casa


Após meses na dúvida, e após dezenas de instituições se terem candidatado a ficarem com os vaivéns, a NASA decidiu os destinos finais dos vaivéns espaciais:
- o Vaivém espacial Enterprise (que foi o 1º a ser feito, nunca voou, e tem o nome da nave de Star Trek) irá ficar no fabuloso porta-aviões que é o Museu Intrepid do Mar, Ar e Espaço, em Nova Iorque.
- o Vaivém espacial Discovery irá ficar no Centro Steven F. Udvar-Hazy, que é um anexo do enorme Museu Smithsonian do Ar e do Espaço, em Washington D.C..
- o Vaivém espacial Endeavour irá ficar no excelente Centro Científico da Califórnia, em Los Angeles.
- o Vaivém espacial Atlantis irá para o fantástico Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

sábado, 16 de abril de 2011

Seis Segmentos do Espelho do Telescópio Webb Submetidos a Testes


Os primeiros seis dos dezoito segmentos hexagonais que compõem o espelho primário do telescópio espacial James Webb chegaram ao “X-ray and Cryogenic Facility” do Marshall Space Flight Center, em Huntsville, no Alabama. Aí vão ser submetidos a testes criogénicos exigentes, com a finalidade de determinar se os espelhos respondem de forma adequada, mantendo o alinhamento óptico extremamente preciso necessário ao correcto funcionamento do telescópio, nas condições extremas de temperatura a que serão submetidos no espaço.

Cada um dos segmentos do telescópio James Webb mede cerca de 1.3 metros de diâmetro, pesa 40 kilogramas e é feito de berílio, um metal alcalino muito resistente, leve e com um baixo coeficiente de expansão térmica. A superfície de cada segmento é revestida por uma finíssima camada (“coating”) de ouro. Durante estes testes os espelhos serão submetidos a temperaturas de -248 Celsius numa câmara de vácuo com 215 metros cúbicos. Um segundo conjunto de seis segmentos chegará ao Marshall Space Flight Center no próximo mês de Julho e os seis segmentos finais durante o próximo Outono. O conjunto dos dezoito segmentos formará um espelho primário com um diâmetro de 6.5 metros.


FONTE : ASTROPT

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vórtice polar de Vénus


vortice venus

David Luz, investigador do CAAUL/OAL, medindo a velocidade e direcção dos ventos do vórtice do Pólo Sul de Vénus, descobriu que este vórtice “oscila” em torno do Pólo Sul.
Esta descoberta foi publicada na versão online da prestigiada revista “Science” no dia 7 de Abril de 2011. A publicação da versão em papel ocorrerá mais tarde.
A rotação da atmosfera de Vénus é a mais rápida de todos os planetas de tipo terrestre. Com um período de 4 dias, a rotação da atmosfera deste planeta é 60 vezes mais rápida que a rotação da sua superfície sólida.
Imagens obtidas com o auxílio do instrumento VIRTIS (Visible and Infrared Thermal Imaging Spectrometer), a bordo da sonda Venus Express, revelam que o vórtice polar deste planeta pode conter pistas para esta super-rotação.
Os vórtices polares são estruturas comuns nas atmosferas do Sistema Solar, ocorrendo nos pólos da Terra, assim como nos pólos de Saturno e Neptuno.
Nos anos 70, a missão Mariner 10 observou pela primeira vez o vórtice polar de Vénus, tendo sido posteriormente realizadas outras observações de curta duração desta estrutura através da sonda Pioneer
Venus Orbiter.
A missão Vénus Express permitiu agora um estudo detalhado do vórtice localizado no pólo Sul, revelando as suas estruturas de nuvens semelhantes a um furacão e o seu núcleo instável com 2000 km de extensão e brilhante no infravermelho.
Imagens do instrumento VIRTIS mostraram que o vórtice do pólo Sul de Vénus não só não se encontra alinhado com o eixo de rotação do planeta como também se move em torno deste, num movimento semelhante à precessão de um pião.
As imagens da Venus Express tinham já mostrado que os padrões de nuvens do vórtice estavam frequentemente distanciados do pólo; os resultados publicados hoje medem a velocidade e direcção do
vento, analisando as taxas de deriva das estruturas das nuvens a cerca de 65 km de altitude, confirmando que estas se encontram em movimento num vórtice cujo centro pode aparecer deslocado até 500 km do pólo.
A “oscilação” dos vórtices polares em torno do pólo de Vénus é importante para a compreensão das características da sua atmosfera, em particular a sua rotação rápida. O vórtice polar é semelhante ao
remoinho criado num ralo quando a tampa é retirada: o fluido roda com maior velocidade à medida que se move em direcção ao centro do vórtice.
Em Vénus o vórtice roda sobre si próprio mas também à volta do pólo Sul, como o movimento que sentimos quando andamos no “carrinho de roda” de um carrossel.
Fisicamente, a oscilação do vórtice pode ajudar a transferir momento angular (grandeza física que mede a quantidade de movimento rotacional) de volta para o exterior, ou seja, para longe do pólo e para latitudes mais baixas. Segundo David Luz, do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa e primeiro autor do estudo, a oscilação do vórtice permite transferir momento angular a partir das altas latitudes de forma a manter uma super-rotação nas latitudes mais baixas.
Embora este resultado não seja a solução para o mistério da super-rotação da atmosfera de Vénus, ele dá-nos indicações importantes sobre os mecanismos dinâmicos em acção.

Fonte : ASTROPT

CASF levou Projeto Cometa à Escola Estadual Otávio Terceiro de Farias

Na noite de 11 de abril de 2011, o CASF levou o Projeto Cometa, com apoio da FUNCAP, para a Escola Estadual Otávio Terceiro de Farias. Na ocasião foram oferecidas duas palestras. A primeira apresentação abordou a astronomia no cotidiano e foi proferida por Maicon Soares, a segunda palestra foi comandada por Hilbernon Almeida que falou sobre observações do universo e tirou dúvidas da platéia presente. Além dos palestrantes, também estiveram presentes na execução do evento os membros do CASF: Arnoldo Nunes, Antônio Venttorrazi e Cartier Ramalho. Ao final, houve sessão de observação da Lua e do planeta Saturno.





Vejam mais no site oficial : http://www.casf.org.br/

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Homem Transcendente

poster


Este filme/documentário baseia-se na ideia de Ray Kurzweil que diz que a Singularidade está próxima.
Dentro de alguns anos, os Humanos vão-se ligar de tal forma à tecnologia, e a tecnologia será tão avançada, que o próximo desenvolvimento humano será inteligência artificial nos humanos.
Será no ano 2045.
            

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Antigravidade

Em 1998, cientistas descobriram que o Universo está em expansão a uma taxa acelerada. Atualmente, a explicação mais aceite para essa observação é a presença de uma energia escura não identificada, apesar de outras possibilidades terem sido propostas. Uma destas alternativas é que algum tipo de gravidade repulsiva – ou antigravidade – que está a empurrar o Universo distante. Como um novo estudo demonstra, a relatividade geral prevê que a interação gravitacional entre matéria e antimatéria é mutuamente repulsivas, poderá explicar a expansão observada do Universo sem a necessidade de energia escura.


Image credit: NASA

Desde que  foi descoberta em 1932, os cientistas investigaram se o seu comportamento gravitacional é atraente ou repulsivo. Apesar de partículas de antimatéria têm carga eléctrica oposta às partículas de matéria associados, as massas de partículas de matéria e antimatéria são exatamente iguais. Mais importante, as massas são sempre positivos. Por esta razão, a maioria dos físicos pensa que o comportamento gravitacional da antimatéria deve ser de caráter atrativo como acontece com a matéria. No entanto, a interação gravitacional entre a matéria e a antimatéria se é atraente ou repulsivo ainda não tem resposta clara.
No novo estudo, Massimo Villata do Osservatorio Astronomico di Torino (Observatório de Turim), Itália, mostrou que uma resposta pode ser encontrada na teoria da relatividade geral. Como Villata explica, a atual formulação da relatividade geral prediz que a matéria e a antimatéria são auto-atrativa, a matéria e a antimatéria ainda não se repelem mutuamente. O estudo é publicado em uma edição recente da EPL ).

“A importância deste estudo é realmente duplo”, disse Villata ao PhysOrg.com. “De um lado, o da Física em geral, é ter mostrado que um dos conceitos mais herético debatido no passado ou seja, o da antigravidade, pode ser encontrada como uma previsão do acoplamento de dois dos melhores teorias estabelecidas, do século passado, proporcionando a ampliação da relatividade geral de antimatéria, considerado como a matéria do espaço-tempo-invertida, conforme solicitado pela simetria CPT. Por outro lado, as implicações cosmológicas desta constatação demonstraram antigravidade como uma alternativa (ou explicação) o conceito de lã de  para a expansão acelerada do  . “


Gravidade Repulsiva

No início, a idéia de gravidade repulsiva entre matéria e antimatéria parece ir contra a intuição, já que normalmente se considera a massa a ser o único componente que determina o comportamento gravitacional de um objeto. Mas, como explica Villata, há mais do que apenas essa grandeza física envolvida na gravidade. Neste caso, o tempo e paridade estão envolvidos.
A idéia é baseada no conceito de que todas as leis físicas têm CPT (carga, paridade e tempo) de simetria. A simetria CPT significa que, a fim de transformar um sistema de física da matéria em um sistema equivalente a antimatéria (ou vice-versa), descrito pelas mesmas leis físicas, não só deve ser substituído partículas com antipartículas correspondentes (operação C), mas uma transformação PT adicionais também é necessário.
A partir desta perspectiva, a antimatéria pode ser visto como a matéria normal, que sofreu uma transformação completa da CPT, em que sua carga, paridade e tempo são invertidos. Assim, embora a antimatéria tem massa positiva, pode ser pensado como tendo massa gravitacional negativa, uma vez que a carga gravitacional na equação do movimento da  não é simplesmente a massa, mas inclui um fator que é PT – sensível e produz a mudança de sinal.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Uma Nova Era


Conhecido simplesmente como shuttle, o Orbiter é ao mesmo tempo o cérebro e o coração do Sistema de Transportes Espacial (STS) da NASA. Assim era o STS antes de todos os voos de transporte. Com um tamanho e peso de um avião DC-9, a aeronave contém a cabina pressurizada (que pode transportar até sete membros da tripulação), o compartimento de carga e os três motores principais montado na extremidade traseira.
Em 12 de Abril de 1981, nos comandos do comandante John Young e do piloto Robert Crippen, rugiu para o espaço na primeira missão espacial de sempre. Vinte anos antes, em 12 de Abril de 1961, o cosmonauta Yuri Gagarin, inaugurou a era do vôo espacial humano quando se tornou na primeira pessoa a orbitar a Terra.

Crédito da imagem: NASA

IMAGEM: Para ver as características numa melhor resolução ir aqui.


Rússia levanta segredo sobre morte de Gagarin


A morte de Yuri Gagarin em 1968, no acidente com o avião MiG que pilotava, sete anos depois de se tornar o primeiro homem a voar no espaço, pode ter sido causada por uma sonda atmosférica da qual ele teve que se esquivar, segundo documentos desarquivados recentemente. O caso foi classificado como “segredo de Estado” pelas autoridades soviéticas.
No dia 27 de Março de 1968, no comando de um MiG-15 bimotor acompanhado por um instrutor, Gagarin despenhou-se no nordeste de Moscovo, em circunstâncias não esclarecidas até ao momento. Numa altura em que a Rússia festeja com grande pompa os 50 anos do voo de Gagarin ao espaço, no dia 12 de Abril de 1961, o chefe dos Arquivos do Kremlin, Alexandre Stepanov, leu em entrevista à imprensa um documento que estava guardado a sete chaves, sobre a investigação.
A vice-directora dos arquivos estatais científicos, Larisa Uspenskaia, destacou que “mais de 200 documentos e processos tinham sido desarquivados”, por ocasião da comemoração de 50 anos do voo de Yuri Gagarin. A manutenção do segredo desde a época soviética sobre as causas da morte deste herói nacional gerou os mais diversos rumores, desde um complô da KGB à hipótese de um Gagarin sem experiência suficiente, ou talvez embriagado, a quem as autoridades não teriam ousado rejeitar a autorização de voar.
Como sinal da importância do caso, as conclusões já tinham sido inscritas num decreto do Comité Central do Partido Comunista da então URSS, datado de 28 de Novembro de 1968, com o selo de “segredo de Estado”.

Dia da Cosmonáutica – 50 anos de Gagarin

 

Hoje celebra-se os 50 anos desde que o Homem viu pela 1ª vez a Terra a partir do espaço.
A 12 de Abril de 1961, Yuri Gagarin, aos 27 anos de idade, tornou-se o primeiro ser humano a ir ao espaço, a bordo da nave Vostok 1.
Foi o primeiro humano a ver a Terra a partir do espaço.
A partir dessa data, a Humanidade mudou – a suvisão do Universo modificou-se para sempre.
A Humanidade tornou-se uma civilização espacial.

Hoje também se celebra a Noite do Yuri, com muitas festas, observações, palestras, encontros, e atividades por todo o mundo.



domingo, 10 de abril de 2011

Como Medir Variações na Velocidade Radial de uma Estrela


O método da velocidade radial para a detecção de exoplanetas é um dos mais produtivos até à data. O princípio subjacente é muito simples. Num sistema formado por uma estrela e um planeta, a estrela não está fixa relativamente ao planeta. De facto ambos orbitam em torno de um centro de gravidade comum que, dependendo da distância e massa do planeta, se encontra muito próximo ou mesmo no interior da estrela. O movimento da estrela em torno deste centro de gravidade comum pode ser observado medindo a projecção da sua velocidade espacial ao longo da linha de visão com a Terra. Esta componente da velocidade total da estrela, designada de velocidade radial, é medida observando no seu espectro o deslocamento das linhas espectrais para o vermelho e para o azul, o famoso efeito de Doppler. Este processo está ilustrado na figura no início deste texto.

sábado, 9 de abril de 2011

Falling Skies


Falling Skies é uma nova série de ficção científica, com o cunho de Steven Spielberg, que vai seguir um grupo de sobreviventes humanos, após os extraterrestres terem invadido a Terra e dizimado a maior parte da população.


Oceano Pacifico, visto da ISS


A Foto acima foi tirada a 20 de Março, sobre o oceano Pacifico. O autor da foto é um membro da tripulação da Expedição 27 na cúpula da Estação Espacial Internacional.
O local não é dos mais confortáveis: possui apenas três metros de diâmetro e acomoda dois tripulantes e equipamento portátil, de controlo das actividades da estação.
A cúpula permite aos astronautas monitorar as caminhadas no exterior da ISS e as acoplagens dos vaivéns, além de que proporciona uma vista espectacular da Terra e de outros corpos celestes.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Fermilab poderá ter descoberto uma nova partícula!




É a novidade que está a agitar o mundo da física de partículas! O Fermilab (Colaboração CDF) poderá ter descoberto o sinal de uma nova partícula que a confirmar-se poderá implicar a existência de uma nova física não prevista pelo Modelo Standard.
Esta possível nova partícula terá uma massa de cerca de 144 Gev/c^2 e não é prevista pelo Modelo Standard das Interacções. Se se tratar de uma nova partícula,  a hipótese de ser o muito procurado bosão de Higgs parece já estar afastada com base nos dados experimentais. Se as experiências futuras confirmarem este sinal, isso poderá significar a existência de um novo tipo de interacção desconhecido até hoje.



A linha a azul representa o pico observado que se desvia da linha teórica prevista pelo Modelo Standard a vermelho.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aglomerados Globulares I – Fusões




Os aglomerados globulares são constituídos por grupos de estrelas, cerca de um milhão, num volume correspondente a uma estrela e são encontrados em praticamente todas as galáxias. Dentro de cada aglomerado, as estrelas parecem ter a mesma composição e idade, sinal de uma baby boom estelar.
Estes grupos estelares estendem-se num volume esférico que passa o disco da galáxia. Pensa-se serem, também, indicadores da forma que a galáxia deve ter tido. Desta forma são uma boa ferramenta de estudo da formação das galáxias.
Stephen E. Zepf, Keith M. Ashman e François Schweizer propuserem que a formação de aglomerados ainda não cessou. A ideia é que estes conjuntos estelares sejam formados durante a colisão de duas galáxias espirais que possuam reservas suficientes de gás para que se possam produzir novas estrelas. Uma destas colisões produz starbursts e pode alterar a forma das galáxias envolvidas. Duas espirais podem produzir uma elíptica.
Este modelo foi testado. Para tal teríam de ser observadas galáxias ricas em gás e verificar se contêm aglomerados globulares recentes. De facto, ao observar galáxias ricas em gás, foram também observados aglomerados densos e jovens. Desta forma concluiram que as colisões estelares são o motor do nascimento das novas estrelas e aglomerados globulares.


Adaptado de Scientific American

Oleg Kotov em Portugal

O 100º cosmonauta russo, Oleg Kotov, estará em Portugal no próximo dia 12 de Abril, Dia da Cosmonáutica.
Oleg Kotov faz parte de um painel de iniciativas que serão realizadas na Semana da Cultura Russa que decorre entre 11 e 16 de Abril no ISCAP (Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto). Neste evento poder-se-ão assistir a uma diversidade de actividades, tais como: Mostra de Filmes (Legendados em Português), Exposição sobre o Cosmos e uma Conferência.
A cerimónia que contará com a presença do cosmonauta Oleg Kotov irá ter início às 16:00 e irá decorrer no Grande Auditório do ISCAP. Para além de Kotov, estará presente o Embaixador da Rússia em Portugal.
Oleg Kotov irá falar da sua experiência e das comemorações dos 50 anos do primeiro voo espacial tripulado, realizado por Yuri Gagarin.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Curso de exploração espacial


50 anos depois de Gagarin…
Cinquenta anos depois do primeiro voo espacial tripulado protagonizado por Yuri Gagarin, o FISUA, promove um curso de "Exploração Espacial". O curso consiste em 6 sessões de 2h30 cada com uma duração total de 15 horas tendo início às 19h00 no Departamento de Física da Universidade de Aveiro, sendo uma das sessões inteiramente dedicada à observação nocturna ao telescópio. 

Como posso me inscrever?

   1.    Descarregar a "ficha de inscrição"
   2.    Preencher com os seus dados e gravar o documento.
   3.    Enviar-nos o ficheiro em anexo por e-mail para: fisua@fis.ua.pt
      
          Assim que recebermos a sua ficha, enviaremos um e-mail a confirmar a sua inscrição.

 
Monitor  - José Augusto Matos, formador e divulgador na área da Astronomia.
Periodicidade - Uma sessão por semana, às terças-feiras das 19h00 às 21h30.
Local  - Anfiteatro do Departamento de Física da Universidade de Aveiro
Carga horária - 15 horas.
Dossier  - Todos os participantes do curso terão direito a um CD com as aulas do curso
 e o mais recente software de Astronomia.
 - Respectivo Certificado de participação.
 
PreçoSócios do FISUA: 24 €
          Não sócios: 29 €
 

Actividades e eventos para vários públicos

 

Planetário

Vem descobrir os segredos do Universo no nosso Planetário Portátil.
Reservámos para ti uma viagem muito especial a Galáxias, Planetas, Estrelas, Buracos Negros e muitas outras surpresas que aconteceram durante toda a viagem.
Através de um sistema de videoprojecção, o participante poderá ver imagens vivas e animações realistas do céu e do universo tal como ele é.
Veste o teu fato de Astronauta e vem viver experiências únicas nos lugares mais longínquos do espaço.

Veja mais aqui!

Micro-Foguetes

 
Workshop de Construção e Lançamento de Micro-Foguetes
 
     Esta é uma actividade onde os jovens, após uma pequena palestra, adquirem alguns conceitos base de voo, estabilidade e aerodinâmica dos projécteis servindo de apoio e compreensão à construção do seu próprio micro-foguete para posteriormente efectuar o seu lançamento.
     A actividade tem uma duração aproximada de 3 horas incluindo o tempo para a palestra, construção e o lançamento dos micro-foguetes. Apesar de ser uma actividade nova em Portugal e ainda pouco divulgada, é já um sucesso em todas as escolas e instituições que visitámos.
     O preço desta actividade só pode ser calculado mediante o número de alunos a participar e a quantidade de micro-foguetes que se irão construir. Todo o material a utilizar nesta actividade será inteiramente fornecido pela FISUA.
     Para obter um orçamento para um determinado número de alunos, basta enviar-nos um e-mail com o número de alunos e o respectivo ciclo lectivo que irá realizar esta actividade.
 


terça-feira, 5 de abril de 2011

MESSENGER vê Mariner 10

A MESSENGER tirou uma foto impressionante.
Em 1974 e 1975, a sonda Mariner 10 passou por Mercúrio por 3 vezes, antes da comunicação se ter perdido.
A 1 de Abril deste ano, estava a MESSENGER descansada a tirar fotos a Mercúrio quando vê uma nave a aproximar-se do planeta.
O que seria?
Seriam OVNIs pilotados por extraterrestres a invadir Mercúrio? :P
Não!
Era a sonda Mariner 10, que está numa órbita que faz com que se aproxime de Mercúrio todos os anos a … … … 1 de Abril.
É no Dia das Mentiras, mas esta é uma verdade bastante interessante.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Nasa divulga 1ª imagem realizada pela sonda Messenger em Mercúrio

A Nasa divulgou nesta terça-feira, 29, a primeira imagem realizada pela sonda Messenger que após seis anos e meio começou a orbitar Mercúrio no dia 18 desse mês. A sonda percorreu quase 7,9 bilhões de quilômetros para chegar ao planeta do Sistema Solar mais próximo do Sol.


Os astrônomos estão interessados em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, porque ele é rochoso como a Terra, e não gasoso, como Júpiter. Existem muitas dessas esferas rochosas em torno de estrelas fora do nosso sistema solar, o que significa que Mercúrio poderia oferecer pistas sobre outros mundos, segundo nota divulgada pela Nasa.

domingo, 3 de abril de 2011

Dança destrutiva


As galáxias NGC 6872 (esquerda) e IC 4970 (direita) estão a “dançar” há alguns milhões de anos.
Daqui por algumas centenas de milhares de anos, a IC 4970 irá juntar-se à NGC 6872.
Esta colisão de galáxias está a acontecer a 200 milhões de anos-luz de distância da Terra

sábado, 2 de abril de 2011

Os segredos do interior de estrelas gigantes



© Thomas Kallinger (evolução estelar)
Usando medições de alta precisão do brilho captado pela sonda Kepler, os cientistas foram capazes de distinguir diferenças profundas no interior do núcleo das estrelas.
A descoberta possibilita desvendar novas informações sobre a evolução das estrelas, incluindo o nosso próprio Sol.
As gigantes vermelhas são estrelas que esgotaram o suprimento de hidrogênio em seus núcleos durante a geração de hélio na fusão nuclear, e então entra em colapso gravitacional e sua luminosidade aumenta. O próximo estágio da reação nuclear seria a produção de carbono.
“As mudanças de brilho na superfície de uma estrela é um resultado de movimentos de turbulência no interior que causam tremores estelares contínuos, criando ondas sonoras que se deslocam para o interior e retornam à superfície”, disse o professor Tim Bedding da Universidade de Sydney.
Sob condições propícias, estas ondas interagem com outras ondas presas dentro do núcleo da estrela composta de hélio. São estes modos de oscilações que são a chave para a compreensão do estágio de vida de uma estrela. Medindo cuidadosamente características muito sutis das oscilações no brilho da estrela, foi possível observar que algumas estrelas, que esgotaram o hidrogênio no centro e agora queimando hélio, estão numa fase posterior de sua evolução.
© Travis Metcalfe (a idade das estrelas)
O astrônomo Travis Metcalfe do Centro Nacional para a Pesquisa Atmosférica dos EUA destaca a importância da descoberta, e diz: “Durante certas fases na vida de uma estrela, seu tamanho e brilho são notavelmente constante, mesmo quando profundas transformações estão ocorrendo no interior profundo”.
O professor Tim Bedding e seus colegas trabalham em um campo em expansão chamado astrossismologia. “Da mesma forma que os geólogos usam terremotos para explorar o interior da Terra, usamos terremotos estelares para explorar a estrutura interna das estrelas”, explicou.
O satélite Kepler possui o objetivo principal de encontrar planetas do tamanho da Terra que pode ser habitável, mas também nos proporcionou uma excelente oportunidade de aprimorar a nossa compreensão deste tipo de estrelas.
Fonte: NASA

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Abril é o Mês Mundial da Astronomia


Abril foi considerado o Mês Mundial da Astronomia.
Vejam o site oficial.
Este é o comunicado para a imprensa, em português:
Dez maneiras de participar no Mês Mundial da Astronomia, em Abril!
Estes eventos globais são um convite à participação de todos.
Este é o Mês Mundial da Astronomia (sigla GAM em inglês), Abril, e os Astrónomos Sem Fronteiras (sigla AWB em inglês) desenvolveram programas globais, dos quais toda a gente pode fazer parte. Astrónomos amadores e profissionais, educadores e entusiastas de todo o mundo podem escolher entre astrofestas, contagens de meteoros, eventos dedicados ao Sol, à Lua e a Saturno, campanhas contra a poluição luminosa, encontros virtuais com astrónomos famosos, observações remotas de exoplanetas e muito mais.
Abaixo está um breve resumo dos dez programas globais. Informações mais detalhadas podem ser encontradas no site do GAM. Junte-se a esta celebração mundial do Universo em Abril.
1. Série Lendas Vivas – (evento virtual) Data a anunciar
Vídeos em streaming, ao vivo, onde as filiais dos AWB espalhadas pela mundo podem interagir com os nosso convidados especiais. Cada programa representa uma oportunidade única de contactar com as pessoas mais fascinantes da Astronomia. É um de muitos eventos online apresentados durante este mês especial.
2. Estará alguém lá fora? – (evento remoto) 7 Abril, 00:00 UT
Quem é que não fez esta pergunta a si próprio? Já foram descobertos mais de 400 planetas fora do nosso Sistema Solar. Também poderá ter essa oportunidade online, partilhando o entusiasmo da diminuição da luz de outro Sol à passagem do planeta, com outros observadores espalhados pelo mundo. Este é um dos eventos de observação remota disponíveis online.
3. Sun Day (Dia do Sol) – (evento físico) 11 Abril
Torne-se num adorador do Sol no dia 11. O Sol será a estrela mundial deste dia. Reúna os seus amigos para observar o Sol das mais variadas maneiras. Traga o seu telescópio e partilhe com os outros, construa relógios de Sol ou espectroscópios, ou veja um dos programas especiais. Não se esqueça de usar sempre os métodos e filtros essenciais! O Dia do Sol é um dos muitos eventos relacionados com o Sol que terão lugar durante o GAM.
4. Observação de Saturno – (evento físico) de 12 a 16 Abril
Os anéis de Saturno estão de volta! Durante 2009 eles estiveram de lado, e por isso muito dificilmente visíveis, mas este planeta fascinante está novamente a mostrar-nos o seu famoso sistema de anéis. Encorajam-se os astrónomos a planear noites de observação, para partilhar o esplendor de Saturno com o público. Este é um de vários eventos direccionados aos astrónomos amadores.
5. Beleza sem Fronteiras – Saturno para todos – (evento físico) 16 Abril
O programa Beleza sem Fronteiras (sigla BWB, em ingles) é um programa popular que começou com astrónomos amadores espalhados pelo mundo e agora é coordenado pelos AWB. Procura reunir amadores de todo o mundo para partilhar a beleza de objectos astronómicos escolhidos com o público. Desta vez será Saturno. Se tem um telescópio, junte-se aos amadores de todo o mundo neste programa único.
6. Escreva o seu nome no Céu! – (evento remoto) 15 Abril 21:30 UT
Os asteróides sempre nos intrigaram. São objectos misteriosos, e por vezes assustadores quando chegam à nossa região do espaço. Neste evento online, enfrentamos os nossos medos e revelamos os segredos destes viajantes solitários, ao caçar asteróides em tempo real. A primeira pessoa a descobrir um tem direito a dar-lhe o nome, colocando uma etiqueta no céu para sempre.
7. Semana Lunar – (evento físico) 17 – 23 Abril
O dia 17 de Abril marca o começo da semana lunar, um conjunto de sete noites dedicadas a observar o nosso vizinho cósmico mais próximo, a nossa companheira de viagem pelo espaço. Astrofestas com a Lua como tema central, observada a olho nu ou através de instrumentos (como telescópios ou binóculos), programas educativos, concursos e celebrações da Lua nas diferentes culturas são apenas alguns dos eventos a realizar na semana lunar.
8. Observação da Líridas – (evento físico) 21 e 22 Abril
As “chuvas de estrelas” podem ser um dos espectáculos mais impressionantes da Natureza, com dezenas de “estrelas cadentes” a cruzar os céus. Vista roupas quentes, recoste-se e observe o espectáculo de luzes por cima da sua cabeça. No entanto, isto é mais do que um simples espectáculo de luzes, pois os detritos cósmicos que se queimam na nossa atmosfera são os restos da cauda de um cometa, que terá passado perto da Terra há mais de 2600 anos. Como será a chuva este ano?
9. Uma estrela de cada vez – (contra a poluição luminosa) Data a anunciar
“Uma estrela de cada vez” está à procura de algo perdido: a Via Láctea. Perdemos a Via Láctea e queremo-la de volta! A “mancha” da Via Láctea é uma faixa luminosa que se estica pelo céu, composta por milhares de estrelas da nossa galáxia, mas está ofuscada pelas luzes das cidades, que são desperdiçadas a iluminar o céu. O que pode fazer sobre isso? Juntar-se a esta campanha global, a ser lançada durante a GAM, e comprometa-se a proteger o céu estrelado por cima de nós. Junte-se a outras pessoas à volta do mundo para recuperarmos a Via Láctea – Uma estrela de cada vez.
10. Astrofesta Global – 24 Abril
Dia 24 de Abril será o pico do Mês Mundial da Astronomia. A Astrofesta Global é a dia em que amadores e profissionais de todo o mundo montarão os seus telescópios e se reunirão debaixo do mesmo céu, para reduzir a distância entre países e continentes, sob o lema “O mesmo céu, para todos”. A Astrofesta Global teve a sua primeira edição durante as 100 Horas de Astronomia, do Ano Internacional da Astronomia, e será a partir de agora um evento anual dos Astrónomos sem Fronteiras.
Isto é apenas uma amostra das actividades disponíveis durante o GAM. Foram ainda estabelecidas várias parcerias com outros programas, que decorrem durante o GAM.