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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Astrônomos capturam imagem rara de planeta em formação


Astrônomos capturaram pela primeira vez a imagem diretamente obtida de um jovem planeta em formação.

O objeto em questão, o LkCA 15b, começou a se formar entre 50 mil a cem mil anos atrás --pouco tempo para os padrões do Universo.

A 450 anos-luz da Terra, o planeta está concentrando poeira e gás estelar que circula uma estrela com 2 milhões de anos.

Os parceiros na descoberta --Adam Kraus, do Instituto para Astronomia da Universidade do Havaí, e Michael Ireland, da Universidade Macquarie, que também trabalha no Observatório de Astronomia Australiano-- disseram que a estrela jovem está bem no centro de um disco de material estelar que a circunda.

Os cientistas anteriores não puderam observar a formação de um planeta antes porque ela acaba sendo ofuscada pelas luzes de outras estrelas das redondezas.

Para contornar esse problema, a dupla combinou dois métodos que deram resultado alterando como usavam os espelhos do observatório.

FONTE: 

http://www.jornalfloripa.com.br/cienciaevida/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=1777

Telescópio da ESA revela reservatório de água em torno de estrela


Ilustração de um artista do disco de gelo ao redor da jovem estrela TW Hydrae, situada cerca de 175 anos-luz de distância, na constelação de Hydra. Foto: ESA/Nasa/JPL-Caltech/Divulgação
Ilustração de um artista do disco de gelo ao redor da jovem estrela TW Hydrae, situada cerca de 175 anos-luz de distância, na constelação de Hydra
Foto: ESA/Nasa/JPL-Caltech/Divulgação

O telescópio Herschel da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) encontrou evidências de vapor de água proveniente de gelo em grãos de poeira ao redor de uma estrela jovem, revelando um reservatório de gelo escondido do tamanho de milhares de oceanos. A estrela TW Hydrae, que possui entre 5 e 10 milhões de anos de idade e apenas 176 anos-luz de distância, está na fase final da formação.
Acredita-se que uma grande proporção da água da Terra pode ter vindo de gelo carregado de cometas que bombardearam nosso mundo durante e após sua formação. Estudos recentes do cometa 103P/Hartley 2 com o Herschel lançaram nova luz sobre como a água pode ter vindo para a Terra. Até agora, porém, quase nada se sabia sobre reservatórios em discos de formação planetária em torno de outras estrelas.
A água detectada no disco em torno da TW Hydrae poderia ser uma rica fonte de água para quaisquer planetas que se formam perto desta estrela jovem. Os cientistas fizeram simulações detalhadas, combinando os novos dados com observações terrestres anteriores, e calcularam o tamanho dos reservatórios de gelo nas regiões de formação planetária. Os resultados mostram que a quantidade total de água no disco em torno desta estrela encheria vários milhares de oceanos da Terra.
Esta pesquisa abre novos caminhos na compreensão da origem da água no planeta. "Com o Herschel, podemos seguir o rastro de água por todas as etapas de formação estelar e planetária", explica Göran Pilbratt, cientista de Projeto Herschel.

fonte:

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Satélite de 1.6 tonelada deve reentrar na atmosfera no domingo




A exemplo do que ocorreu recentemente com o satélite estadunidense UARS, o satélite alemão ROSAT também deverá reentrar na atmosfera terrestre nos próximos dias. O equipamento tem 1.6 toneladas e por possuir materiais altamente densos e resistentes, produzirá lixo espacial com alto poder de impacto na superfície.

Lançado em junho de 1990 da base de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, Rosat é um telescópio espacial de raios-x que produziu importantes dados científicos até fevereiro de 1999, quando deixou de operar. Foi batizado com esse nome (Röntgensatellit) em homenagem ao físico alemão Wilhelm Röntgen, que em novembro de 1895 produziu pela primeira vez radiação eletromagnética nos comprimentos de onda dos raios-X.
Quando foi colocado em órbita Rosat mantinha a altitude nominal de 580 km e em julho de 2011 esse valor já havia caído para 315 km. Em setembro, a altitude era de apenas 280 km e as primeiras estimativas de reentrada mostravam que a ruptura ocorreria em 11 de outubro. Agora, cálculos feitos pelo Apolo11 indicam que a reentrada ocorrerá próximo às 22 horas (BRT) de 23 de outubro, quando a nave estiver a 135 km acima do nível do mar.
Em 19 de outubro ROSAT já se encontrava a 218 km de altitude, tendo caído aproximadamente 15 km em menos de 24 horas.
De acordo com a agência espacial alemã, um total de 1.6 toneladas de fragmentos deverá resistir à reentrada, já que são formados por vidro e fibra de carbono, altamente resistentes ao calor. Por ser um telescópio, a principal peça do equipamento é o espelho primário, com peso aproximado de 400 quilos. Após reentrarem, essas peças cairão em queda livre, a uma velocidade estimada de 450 km/h.


ROSAT tem órbita inclinada em 52 graus, muito parecida com a do UARS, que reentrou na atmosfera em setembro. Assim, o satélite deverá cair entre as latitudes 52.00N e 52.00S, com o Brasil novamente na rota dos destroços.O aplicativo de rastreio SATVIEW mostra a posição atual do satélite e permite estimar quando o mesmo passará sobre sua localidade dentro de 5 dias. Mesmo se você estiver fora do Brasil também é possível prever sua rota. Além disso, o aplicativo tem um chat à disposição dos usuários, que poderão conversar sobre o evento. Para acessar o SATVIEW, clique aqui .


fonte:
 

Rússia quer que estação espacial funcione por mais tempo


iss, estação espacial internacional, 700 525

A Rússia propôs nesta terça-feira (18) o prolongamento em oito anos no funcionamento da ISS (Estação Espacial Internacional), que iniciou suas operações em 1998 e tem fechamento previsto para 2020. A estação é um laboratório que fica a cerca de 400 km da Terra.
Alexei Krasnov, chefe do programa de cosmonautas da agência espacial russa, a Roscosmos, diz que “os especialistas têm diante de si a missão de estudar uma proposta importante, como garantir o funcionamento da ISS em órbita durante 30 anos”
A iniciativa russa recebeu imediatamente o apoio do diretor de operações da Nasa (agência espacial americana), Mark Polanski, e dos representantes da Agência Espacial Europeia (ESA), segundo as agências de notícias russas.
Para Polanski, a estação terá nos próximos anos um papel importante como “trampolim” para os voos à Lua, Marte e outros lugares do espaço.
Estava previsto que a ISS fosse aposentada em 2015, mas a Rússia e os outros 15 países financiadores da plataforma insistiram na importância de prolongar sua vida útil. Além da Rússia, Estados Unidos, Japão, Canadá e 12 países-membros da União Europeia (UE) também participam do projeto.
Os primeiros astronautas pisaram na plataforma no dia 2 de novembro de 2000, de maneira que a ISS já superou o recorde estabelecido pela estação russa MIR, de nove anos e 257 dias com presença humana.

Fonte:  R7.COM

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estudando o Sol



O Sol é a estrela mais próxima de nós. Todos os planetas do sistema solar giram ao seu redor e cada um com um período diferente. Ele é o responsável pelo suprimento de energia da maioria dos planetas. Quando as pessoas visitam observatórios as perguntas mais comuns que surgem a respeito do Sol são: o que é o Sol e como ele funciona? Do que ele é feito? Mas, antes de responder a essas perguntas veremos alguns dados curiosos a respeito do Sol.

O Sol só é uma estrela por causa da grande quantidade de massa que ele tem, 332 959 vezes a massa da Terra. Ele é constituído, principalmente dos gases hidrogênio e hélio, os dois gases mais leves que temos. Quando se diz que o Sol tem quase 98% de gases a pergunta mais comum que aparece é: como é possível o Sol ter tanta massa, ser tão grande sendo formado de gases?
Bem, essa é uma longa história e que nem mesmo os cientistas que estudam o Sol e outras estrelas sabem explicar exatamente como acontece, mas uma coisa eles sabem: Antes de existir o Sol e os planetas o que existia no lugar do sistema solar era uma enorme nuvem de gases e poeira muito maior que o sistema solar. Os gases são os que conhecemos: oxigênio, nitrogênio e principalmente hidrogênio e hélio; a poeira são todos os outros elementos químicos; ferro, ouro, urânio, etc... mas, a grande parte dessa nuvem era o hidrogênio e o hélio. Por algum motivo que ainda não é bem explicado essa nuvem encontrou condições para se aglomerar, se juntar em pequenos blocos, esses blocos começaram a se juntar em blocos cada vez maiores. Um desses blocos, o que se formou primeiro, no centro da nuvem, ficou tão grande e pesado que sua força gravitacional tornou-se suficiente para reter os gases com muita facilidade. Esse bloco aumentou tanto de tamanho e massa que acabou por se transformar numa estrela: o Sol. Os blocos menores que se formaram ao redor do bloco central deram origem aos planetas. CUIDADO! Muitas pessoas pensam que os planetas são pequenas bolhas expelidas pelo Sol. Isso porque os cientistas do século passado e começo deste século pensavam assim. Hoje em dia sabe-se que isso não é verdade. A teoria da nuvem de gás e poeira é a mais aceita entre cientistas atuais.


LOCALIZAÇÃO
O Sol ocupa uma posição periférica na nossa Galáxia,ou seja, ele está a 33.000 anos luz do centro galáctico, o que corresponde a 2/3 do raio galáctico. Nós estamos num dos braços espirais, o braço de Orion, como mostra o esquema a seguir.





     Figura 1: Localização do Sol na Galáxia

O Sol também está orbitando em relação ao centro gravitacional da nossa Galáxia. O ano do Sol é de aproximadamente 230 milhões de anos terrestres e sua velocidade orbital é de 250 km/s, sendo que todos os demais corpos do Sistema Solar o acompanham nessa viagem. Sabe-se que o Sol realizou cerca de 250 revoluções completas até hoje. A idade do Sol é de cerca de 4,5 bilhões de anos. 
O Sol, estrela de quinta grandeza[1], é o principal componente do nosso Sistema Solar e o mesmo é um dos millhões de Sóis existentes em nossa Galáxia.

[1] se o Sol for colocado a distância de 32,6 anos-luz de nós, o seu brilho será semelhante ao de uma estrela de quinta magnitude. Objetos vistos ou comparados a essa distância, nós definimos o seu brilho como Magnitude Absoluta. O Sol tem magnitude absoluta igual a cinco, dai a expressão estrela de quinta grandeza.

CARACTERÍSTICAS GERAIS
Pela Lei da Gravitação Universal de Isaac Newton (1642-1727), foi possível obter a massa da nossa estrela que é estimada em 332 959 vezes a massa da Terra, equivalendo a 1,989 1030kg, com um raio de 695 500 km . Sua densidade média é 1.4 g/cm3, mas a matéria não é homogênea em seu interior. A densidade no centro do Sol é muito maior, enquanto que nas camadas externas é muito inferior. O seu eixo de rotação tem uma inclinação em relação ao plano da eclíptica de 7° 15''.

Apesar de sua massa ser milhares de vezes maior que a da Terra, sua gravidade na superfície é apenas 28 vezes maior que a gravidade terrestre. A temperatura[2] na sua superfície é de cerca de 5770 K, e não é uma superfície sólida, mas sim em estado de plasma e gás.

O fato de o Sol ser basicamente um corpo constituído por um fluido (plasma e gás), provoca o fenômeno conhecido como rotação diferenciada. A velocidade dessa rotação varia nas diferentes latitudes com um valor máximo no equador (2 km/s) correspondendo a 25,03 dias e uma mínima nos pólos com um período de 30 dias. Essas informações só foram possíveis graças às manchas solares, as quais nós abordaremos melhor mais adiante. Isso é a chamada rotação diferenciada, a qual nós representamos com o seguinte esquema.



     Figura 2: Esquema da Rotação Diferenciada
O Sol representa 99,867% de toda a massa do Sistema Solar e a restante está dividida entre os planetas, asteróides, satélites, e cometas do Sistema Solar. A massa do Sol apresenta a seguinte distribuição:


Camadas Externas (Fotosfera e pouco abaixo)
0,2% de elementos pesados 
7,8% de hélio 
92% de hidrogênio 
Tabela 1: Características Químicas.


Raio 695 500 km, 109 raios terrestres 
Superfície 6,16 1013km211.881 vezes a terrestre 
Volume 1,44 1018 km31,3 106 vezes o terrestre 
Massa 1,9 1030 kg 334.672 vezes a terrestre 
Densidade 1,4 g/cm30,26 vezes a terrestre 
Luminosidade 3,9 1027 kW ---------
Temperatura Superficial 5770 K---------
Temperatura no Centro 1,5 107K---------
Gravidade Superficial 276 m/s228 vezes a terrestre 
Tabela 2: Características Físicas do Sol.

O funcionamento do Sol e a sua Estrutura Interna

Quando só se conheciam as reações químicas (combustão) para a produção de fogo e calor, pensava-se que o Sol funcionava da mesma maneira, mas quando os astrônomos conseguiram calcular sua massa e quantidade de energia necessária para mantê-lo aquecido constatou-se que ele não iria durar mais de 100 anos. Como o Sol é muito mais velho que 100 anos, a natureza deveria ter criado outra maneira muito mais eficiente de se produzir energia. Só na primeira metade desse século é que se descobriu a existência da energia nuclear.
NÚCLEO: No Sol, a energia nuclear é produzida com o hidrogênio fazendo o papel de combustível. Sabendo como fazer a temperatura de um gás subir é possível entender como ocorrem as reações nucleares do Sol. Sabemos que, quando um gás é comprimido (pressionado) ele aquece. Perceber isso é fácil: encha um pneu de bicicleta usando uma bomba manual. O bico do pneu e a parte da bomba que está próxima do bico ficam bem aquecidos. Isso acontece porque o ar (gás) que está dentro da bomba é comprimido pela força que você faz. Quando o pneu fica quase cheio e você tem que fazer mais força, ou seja, comprime mais ainda o ar ele fica cada vez mais quente. Agora imagine no Sol onde a pressão é milhões de vezes maior que a pressão na Terra. Sabemos também que a pressão aumenta com a profundidade. Mergulhando numa piscina com 2 ou 3 metros já percebemos o aumento da pressão em nossos ouvidos. No Sol, pode-se afundar até 50 vezes o diâmetro da Terra sem chegar ao seu centro, fica até difícil de imaginar a pressão que existe lá. Toda essa pressão faz com que o hidrogênio atinja temperaturas de 15 milhões de graus no centro do Sol. Com o gás nessa temperatura e pressão é que ocorrem as reações nucleares que mantém o Sol aquecido. Essas reações são milhões de vezes mais poderosas que as reações nucleares produzidas na Terra. Além disso, não se conseguiu produzir, na Terra, reações do mesmo tipo que acontecem no Sol.
As reações nucleares do Sol transformam o hidrogênio em hélio e nessa transformação é liberada uma enorme quantidade de energia. Nós aqui na Terra recebemos uma pequenina parte da energia que o Sol produz.
Somente no século XX é que se atingiu conhecimentos teóricos suficientes para elaborar uma teoria a respeito de toda a energia que o Sol irradia . Sabe-se que o Sol está atualmente em equilíbrio térmico (temperatura média aproximadamente constante), mas nós sabemos também que ele emite muita energia na forma de calor e luz. Porém para se manter esse equilíbrio é necessário uma fonte interna de energia. Essa fonte está no seu núcleo, que através de reações termonucleares funde átomos de hidrogênio e forma átomos de hélio. Seu núcleo está a uma temperatura de 15 milhões de Kelvin e possui uma pressão da ordem de bilhões de atmosferas, sendo que esses valores vão decrescendo juntamente com a densidade, de modo não linear, conforme afasta-se do núcleo em direção à superfície. A variação térmica (considerada do núcleo para as camadas mais externas) determina a estrutura interna da estrela conforme o modo de propagação da energia. Os principais mecanismos de transporte energético encontrados no Sol são o radiativo e o convectivo, esquematizados a seguir:
O RADIATIVO: representado pela "Zona de Irradiação'', é a camada do Sol onde a energia propaga-se da mesma maneira que a luz, ou seja, através da irradiação e por isso não depende do meio para se propagar. O meio atua no sentido de atenuar a energia.
O CONVECTIVO: representado pela "Zona de Convecção'', é a camada do Sol onde a energia se propaga através de movimentos convectivos, ou seja, a parte que está em contato com a "Zona de Irradiação'' é aquecida e, com isso, sua densidade diminui e tende a subir para a superfície e o que está na superfície desce para entrar em contato com a "Zona de Irradiação''. Esse é o mesmo processo que ocorre com a água fervente num recipiente em aquecimento no seu fundo.
Utilizando-se desse processo, o Sol está emitindo energia desde sua ignição a 4,5 bilhões de anos e os cálculos realizados indicam que ele emitirá energia da mesma forma por pelo menos mais 5 bilhões de anos, que é quando estarão esgotadas as reservas de hidrogênio em seu núcleo. É importante saber que a emissão de energia do Sol não é uniforme, ou seja, há variações no fluxo de energia emitida, que pode chegar, em casos excepcionais, a 5% do fluxo médio de energia. Atribuindo-se o nome de "Sol calmo'' quando ele mantem-se no mínimo de emissão de energia e "Sol ativo'' quando está no máximo de emissão. Esse mínimo ou máximo é observado quando há um número menor ou maior de fenômenos em todas as suas camadas. Essas variações influenciam o meio interplanetário, sendo que na Terra observa-se muitos efeitos na atmosfera e no campo magnético.


Figura 3: Esquema da Estrutura do Sol
 
Figura 4: O Sol visto no Visível com um filtro neutro
CAMPOS MAGNÉTICOS
George Ellery Hale (1868-1938) foi quem detectou os campos magnéticos solares. Utilizando-se de um instrumento, o espectrógrafo de alta dispersão, ele descobriu que algumas linhas produzidas nas proximidades das manchas solares eram duplas e até mesmo triplas ou seja, no lugar de uma linha com certo comprimento de onda, via-se uma linha à direita e à esquerda daquele comprimento de onda e até mesmo a original e duas outras laterais. Esse fenômeno de duplicação de linhas é chamado de efeito Zeeman e ocorre quando a fonte emissora de luz está submetida a um campo magnético (nesse caso a fonte emissora é a mancha solar). Hale pôde calcular o campo nessa região que chega a 5000 Gauss e ainda conseguiu provar que o campo magnético geral, gerado pelo Sol, é da ordem de 1 a 2 Gauss. Esse campo magnético está dirigido de norte para sul, porém nas regiões onde se encontram os campos magnéticos intensos (1000 Gauss), estes estão dispostos, no sentido leste-oeste. O estado de plasma, que se encontra a matéria Solar, oferece pouca resistência à corrente elétrica o que faz com que toda a estrela se comporte como uma bobina elétrica.

Descobriu-se posteriormente que as linhas de força do campo magnético estão confinadas no plasma, ou seja,
comportam-se como se estivessem ligadas às particulas que o compõem e acompanham o fluxo de matéria. Com isso a rotação diferenciada acaba deformando essas linhas como se fossem tiras de borracha. As linhas do campo magnético sofrem um processo de condensação, até cada grupo assumir a forma espiralada. Daí encontram-se espirais ao longo de todos os meridianos e todas no sentido leste-oeste (sentido de rotação). A concentração dessas linhas equivale a maior intensidade dos campos magnéticos em relação a situação inicial, e como a rotação não é uniforme cada espiral pode ser esticada até formar um laço. Em certos momentos os laços se rompem e afloram na superfície. Nesse momento temos a formação das manchas solares.

ESTRUTURA EXTERNA DO SOL
FOTOSFERA: Aparentemente a olho nu e com instrumentos de baixa precisão a superfície solar é bastante uniforme. Na realidade ela é formada por pequenas estruturas hexagonais, os grânulos, de forma irregular e separadas por zonas mais escuras. Verificou-se posteriormente que essas estruturas são topos de colunas ascendentes de gás aquecido que ao se resfriarem descem pelas zonas escuras vizinhas decorrentes dos processos de convecção, que mistura o gás nas camadas inferiores à fotosfera. Estima-se que a diferença de temperatura entre os grânulos e as zonas escuras é de cerca de 1000 K. 
Como o campo magnético é muito intenso em certas regiões (pelos efeitos explicados anteriormente) as linhas ficam quase perpendiculares à superficie e a matéria tende a se mover ao longo das linhas, nesse caso, a matéria fica "confinada'' a elas. Com isso há um bloqueio no movimento convectivo e o plasma desloca-se verticalmente, acompanhando as linhas e não horizontalmente para descer pelas zonas escuras. Então reduz-se a propagação do calor em certas áreas, que se tornam mais frias que as áreas circunvizinhas, emitindo pouca radiação. Isto é que caracteriza a mancha solar na fotosfera.

Constatou-se que o número de manchas solares sofre variações periódicas e essas variações estão ligadas ao "Sol calmo'' e ao "Sol ativo''. Partindo do "Sol calmo'' ,estágio de mínima atividade, observa-se que durante 4,6 anos há um aumento rápido das manchas atingindo um valor máximo. Após esse máximo transcorrem cerca de 6,4 anos onde se constata uma diminuição gradual nas manchas, atingindo novamente uma atividade mínima. No total entre um estágio de 4,6 anos de "Sol ativo'' e o outro estágio de 6,4 anos de "Sol calmo'' decorrem cerca de onze anos. Embora cada onze anos de atividade seja igual ao outro no seu aspecto visual, deve-se considerar que a polaridade magnética do Sol se inverte, ou seja, as  manchas que ocorreram no hemisfério norte durante o "Sol ativo'', irão ocorrer no hemisfério sul no estágio correspondente ("Sol ativo'') e vice-versa. Com isso nós temos um período completo vinte e dois anos de atividades solares, quando então o ciclo recomeça.

CROMOSFERA: É uma região externa à fotosfera. A temperatura na cromosfera se reduz a partir da fotosfera até atingir 500 km de altitude com 4000 K e, então há novamente um aumento até atingir 9000 K a altitude de 2000 km quando se inicia a coroa. A observação da cromosfera, por muito tempo só foi possível quando ocorriam eclipses totais que encobriam a luz fotosférica. Só há poucas décadas desenvolveu-se um instrumento , o coronógrafo, que simula o eclipse solar total, e nada mais é do que um telescópio preparado com filtros e obstáculos especiais que permitem somente a passagem da luz da cromosfera e coroa.

Ocorrem ainda as protuberâncias solares que se elevam da cromosfera para a coroa. Estas são visíveis sem instrumentos durante os eclipses solares totais, ou com o auxílio do coronógrafo. Essas protuberâncias podem ser eruptivas, de rápida duração, ou protuberâncias quiescentes que podem durar várias rotações solares. As protuberâncias possuem uma densidade muito superior à coroa circundante e temperatura de 10.000 a 20.000 K. Esses fenômenos são devido à assossiação de campos magnéticos que variam de 20 a 200 Gauss.

Quando as explosões que dão origem às protuberâncias ocorrem, e isso aparece principalmente nas proximidades das manchas solares na fotosfera, é que se percebe a influência do Sol sobre a atmosfera terrestre. Tal atividade pode interromper as comunicações a longa distâncias. Ocorre que partículas com muita energia são lançadas ao espaço e atingem a Terra provocando uma ionização da atmosfera terrestre. Em consequência, a ionosfera (camada atmosférica terrestre) deixa de refletir as ondas de rádio emitidas pelo Sol para o espaço e as ondas de rádio das emissoras de volta para a Terra, podendo interromper as comunicações a longa distância. Grande parte da radiação emitida pelo Sol atenua-se na nossa atmosfera, a qual atua como filtro bloqueando as radiações mais prejudiciais às formas de vida na superfície terrestre.

COROA: É a camada mais impressionante do Sol e a mais extensa delas (abrange praticamente todo o Sistema Solar). A densidade da matéria nessa camada é cerca de 10 milhões de vezes menor que na fotosfera e diminui conforme se afasta do Sol. Em condições normais também não pode ser vista, pois a sua emissão de luz é um milhão de vezes menor que a luz da fotosfera. Pode ser visualizada em eclipses solares totais e com o coronógrafo. A Coroa pode ser distinguida em três regiões: Coroa interna com expessura 1,3 raios solares a partir da cromosfera; Coroa intermediária que vai de 1,3 a 2,5 raios solares e a Coroa externa de 2,5 a 24 raios solares. Ao longo da translação terrestre, a Terra caminha imersa na coroa solar, e a radiação presente nela (advinda do Sol) bombardeia continuamente nosso planeta.



Figura 5: O Sol observado através do ultravioleta evidenciando uma protuberância.

Para podermos imaginar o quanto essa reação nuclear é poderosa vamos fazer a seguinte comparação. Se o Sol fosse formado pelo combustível mais eficiente que se conhece, que é o combustível usado no ônibus espacial, e todo o Sol fosse queimado, ele duraria cerca de 100 anos. Sendo movido a energia nuclear apenas 1/3 do hidrogênio do Sol será consumido e mesmo assim os cientistas acreditam que ele irá funcionar por mais 5 bilhões de anos. Considerando que ele já tem quase 5 bilhões de anos, a vida do Sol será de aproximadamente 10 bilhões de anos, ou seja o Sol irá durar 100 milhões de vezes mais do que se fosse movido por energia química.


FONTE:

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Asteroide tem montanha que mede três Everest



São Paulo- A Nasa anunciou esta semana que o asteroide gigante Vesta possui uma montanha quase três vezes o tamanho do monte Everest. 
No polo sul do corpo, o morro alcança mais de 22 km acima da superfície média ao seu redor.
A imagem foi obtida com dados da nave Dawn, da Nasa, que desde junho orbita o asteroide. A foto foi criada com um modelo do Vesta com resolução de 300 metros por pixel; a escala vertical é 1,5 vezes a da horizontal.
Esta semana, membros da equipe Dawn discutem as descobertas em uma conferência em Minneapolis, nos Estados Unidos.
Com 530 km de diâmetro, o Vesta é o segundo maior objeto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter e, acredita-se, é a fonte de muitos meteoritos que caem na Terra. Para efeito de comparação, a Lua possui 3.478 km de diâmetro.
A 16 mil km da sua superfície, a nave Dawn enviou dados sobre o asteroide para a Terra, numa viagem de até 188 milhões de km. A nave da Nasa foi lançada em setembro de 2007 para estudar o corpo celeste durante um ano antes de partir para seu segundo destino: Ceres, um planeta anão e o maior objeto do cinturão, com 930 km de diâmetro. O objetivo é obter informações sobre os primórdios do sistema solar e a formação dos planetas.

FONTE:

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Observação astronômica celebra semana mundial do espaço em Maringá

 

Pulsar de Caranguejo emite raios gama acima do previsto

 

Pulsar de Caranguejo emite raios gama acima do previsto

Ajustando os modelos
Em maio deste ano, astrônomos localizaram uma erupção inédita de raios gama na Nebulosa do Caranguejo.
Agora eles descobriram que essa emissão de raios gama, vindo do pulsar no centro da nebulosa, seria considerada "impossível" pelos modelos atuais.
O pulsar está emitindo em energias que superam em muito as previsões dos modelos teóricos de pulsares.
As emissões atingem 100 bilhões de elétron-Volts (100 GeV).
"Estes resultados colocaram novas restrições sobre o mecanismo de como a emissão de raios gama é gerada," afirmou Nepomuk Otte, da Universidade da Califórnia.
Pulsar de Caranguejo
A Nebulosa do Caranguejo é uma estrela de nêutrons em rápida rotação, o núcleo colapsado de uma estrela gigantesca que explodiu em uma supernova espetacular no ano de 1054, deixando para a história a brilhante nebulosa e, em seu centro, um pulsar que gira 30 vezes por segundo.
O pulsar possui um fortíssimo campo magnético, que gira com ele, emitindo feixes de radiação, que aparecem aqui na Terra como se o pulsar fosse um farol marítimo.
Antes destes novos resultados, um fenômeno conhecido como radiação de curvatura era a principal explicação para a emissão de raios gama do pulsar de Caranguejo.
A radiação de curvatura é produzida quando uma partícula carregada de alta energia se move ao longo de um campo magnético curvo. Mas, de acordo com os cientistas, este mecanismo não pode ser responsável por raios gama com energias acima de 100 GeV.
Possíveis explicações
Uma possível explicação está em um processo conhecido como espalhamento inverso de Compton, que envolve a transferência de energia de partículas eletricamente carregadas para fótons.
"Este parece ser o cenário mais provável agora, mas nós ainda não sabemos os detalhes de como isso funciona," disse Otte.
Também não está claro se apenas um processo impera em toda a emissão de raios gama, ou se a radiação de curvatura domina nas energias mais baixas e algo como o espalhamento inverso de Compton domina nas energias mais altas.
Os cientistas afirmaram que vão tentar esclarecer o enigma com mais observações, mas pode ser que isso não seja possível e exija um novo telescópio, mais adequado para a tarefa.

FONTE:

Órbitas de 3 planetas são definidas após revisão de dados do Hubble

Uma revisão de dados colhidos pelo Telescópio Espacial Hubble em 1998 revelou as órbitas de três planetas fora do Sistema Solar. O anúncio da descoberta foi feito na quinta-feira pela agência espacial norte-americana (Nasa). Um estudo sobre o tema será divulgado na publicação "Astrophysical Journal".
São conhecidos quatro planetas ao redor da estrela HR 8799, que está a 130 anos-luz de distância do Sol (aproximadamente 1,2 quatrilhões de quilômetros).
Os corpos foram descobertos entre no final da década de 2000, após pesquisas no observatório W. M. Keck e no telescópio Gemini North, ambos localizados no Havaí. Eles não foram encontrados em 1998 pois ainda não eram conhecidas as técnicas usadas atualmente para a detecção desses astros.
Planetas fora do Sistema Solar costumam ser detectados apenas pela influência que exercem na trajetória das estrelas que orbitam e não são fotografados, já que estão muito longe da Terra.
Mas no caso do sistema planetário ao redor de HR 8799 é diferente. Onze anos após as imagens do Hubble, a equipe do astrônomo David Lafreniere, da Universidade de Montreal, no Canadá, conseguiu ver o planeta com órbita maior, após analisar as fotos do Hubble com uma tecnologia que diminui o brilho da estrela e revela dados que estavam "escondidos".
Nova técnica de processamento de imagem permitiu 'ver' planetas. (Foto: R. Soummer / STScI / Nasa / ESA)Nova técnica de processamento de imagem permitiu 'ver' planetas. (Foto: R. Soummer / STScI / Nasa / ESA)
Agora, cientistas do Space Telescope Science Institute (STScI, na sigla em inglês), grupo que analisa imagens brutas obtidas por telescópios, conseguiram não só detectar o planeta mais afastado da estrela como também outros dois com órbitas menores. Eles foram coordenados pelo astrônomo Remi Soummer e melhoraram a técnica desenvolvida por Lafreniere em 2009.
Somente o quarto planeta, o mais próximo de HR 8799, permanece sem ser visualizado. Este astro foi conhecido somente em 2010 e os astrônomos conseguem dizer apenas a distância que ele mantém da estrela: 2,4 bilhões de quilômetros.
Os três planetas mais afastados têm órbitas que duram de 100 a 400 anos. Para conhecer a trajetória desses astros, os cientistas precisam esperar muito tempo. Mas o aproveitamento dos dados do Hubble permitiu conhecer quais eram as posições dos planetas há 13 anos.
Para Soummer, sem os dados do Hubble, os astrônomos teriam de esperar mais uma década para chegar às mesmas conclusões. Agora, a equipe do STScI quer estudar outras 400 estrelas também registradas nos arquivos antigos do telescópio espacial.
FONTE: 
G1

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Vénus também tem uma camada de ozônio na atmosfera

Uma sonda da Agência Espacial Europeia (ESA) descobriu que Vénus também possui uma camada de ozono na atmosfera. Analisar as suas propriedades e compará-las às camadas encontradas na Terra e em Marte deve ajudar os astrónomos a refinar as buscar por vida noutros planetas.


A informação foi obtida graças a um instrumento da sonda Vénus Express, que analisa a luz das estrelas em busca de impressões digitais características de gases na atmosfera. O ozono foi detectado porque absorve parte da luz ultravioleta emitida pelas estrelas.
O ozono é uma molécula que contém três átomos de oxigénio. De acordo com modelos científicos, o ozono em Vénus é formado pela quebra das moléculas de dióxido de carbono pela luz solar, que lança átomos de oxigénio.
Esses átomos são carregados por ventos na atmosfera, combinando-se para formar moléculas com dois átomos de oxigénio ou com três átomos de ozono.
Segundo o investigador Franck Montmessin, da ESA, a detecção traz uma compreensão maior sobre a química da atmosfera de Vénus e também pode ser útil para procurar vida noutras partes do Universo.





O que é Camada de Ozônio:


A camada de ozônio é uma espécie de capa composta por gás ozônio (O3), sendo responsável por filtrar cerca de 95% dos raios ultravioleta B (UVB) emitidos pelo Sol que atingem a Terra. Essa camada é de extrema importância para a manutenção da vida terrestre, pois caso ela não existisse, as plantas teriam sua capacidade de fotossíntese reduzida e os casos de câncer de pele, catarata e alergias aumentariam, além de afetar o sistema imunológico.




FONTE: 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Astrônomos que estudam a expansão cada vez maior do Universo levam o prêmio Nobel de Física

Os astrônomos americanos Saul Perlmutter, Brian P. Schmidt e Adam G. Riess, que estudam a aceleração do Universo a partir da observação de supernovas ganharam o prêmio Nobel de Física deste ano, anunciado nesta terça-feira (4), em Estocolmo, capital da Suécia.
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Uma supernova é um potente aumento de luminosidade de uma grande estrela, devido a sua explosão.
- Eles estudaram dezenas de explosões de estrelas, chamadas supernovas, e descobriram que o universo se expande a uma velocidade em permanente aceleração.
Perlmutter, da Universidade da Califórnia, ficou com metade do prêmio. A outra parte será dividida entre Schmidt, da Universidade Nacional Australiana, e Riess, da Universidade Johns Hopkins.
A expansão do Universo é um assunto estudado por quase um século, mas o trio conseguiu provar que esse ritmo é cada vez maior.
Uma equipe liderada por Perlmutter e outra coordenada por Schmidt, em que Riess teve um papel crucial, mapearam o Universo localizando as supernovas mais distantes. Eles usaram os telescópios terrestres e espaciais mais sofisticados, bem como computadores superpotentes e sensores de imagem digital para montar um esquema como se fosse um gigante quebra-cabeça.
Ao todo, as duas equipes encontraram mais de 50 exemplares de um tipo específico de supernova distante. Sua luz era mais fraca do que o esperado, o que foi um sinal para ambos os grupos de pesquisa de que a expansão do Universo estava aumentando.
Segundo comunicado divulgado pela organização do Nobel, "a descoberta de que essa expansão está se acelerando é espantosa".
- Se a expansão continuar a se acelerar, o Universo vai se acabar em gelo.
No ano passado o prêmio Nobel de Física foi dado aos russos Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Eles estudaram o grafeno, um material supercondutor composto por apenas uma camada de átomos de carbono que se organizam em forma hexagonal.

O grafeno pode ser usado em painéis de luz, células solares, componentes eletrônicos e na produção de telas sensíveis ao toque flexível.

Como condutor de eletricidade, ele funciona tão bem como o cobre e na condução do calor, o grafeno supera todos os outros materiais conhecidos, além de ser quase totalmente transparente e tão denso que nem mesmo o hélio, o menor átomo de gás, pode passar por ele.

Em 2004, a dupla foi a primeira a isolar e identificar propriedades do grafeno, forte candidato a substituir o silício na computação.
Vencedores levam juntos o equivalente a R$ 2,72 milhões

O prêmio consiste numa medalha de ouro, um diploma com a citação da condecoração e um valor em dinheiro, que varia de acordo com os rendimentos da Fundação Nobel, mas que normalmente fica em torno de 10 milhões de coroas suecas (R$ 2,72 milhões) - a ideia de Nobel era permitir que os homenageados continuassem a trabalhar ou pesquisar sem pressões financeiras.

Os prêmios são concedidos para realizações em:

Nobel de Física e Nobel de Química (decididos pela Academia Real das Ciências da Suécia)
Nobel de Fisiologia/Medicina (decidido pelo Karolinska Institutet)
Nobel de Literatura (decidido pela Academia Sueca)
Nobel da Paz (decidido por um comitê designado pelo parlamento norueguês)

O Prêmio Nobel pode ser ganho individualmente ou repartido entre até três pessoas. Pode não ser concedido num ano, o que permite a concessão de dois prêmios da mesma categoria no ano seguinte. Além disso, o prêmio em determinado campo pode não ser concedido por um ano ou mais - o que ocorre mais frequentemente com o Nobel da Paz.

Cada comitê manda convites aos meios científicos de vários países, para que digam quais são seus eventuais candidatos. As nomeações são recebidas pelos comitês e, depois de serem estudadas e analisadas por especialistas, são transmitidas às instituições, que votam para escolher os vencedores.

Os homenageados têm o direito de recusar os prêmios. Mas as recusas só ocorreram por pressões políticas - como em 1937, quando Hitler proibiu os alemães de receberem o Prêmio Nobel, porque ficou irritado quando o Prêmio da Paz de 1935 foi concedido a Carl Von Ossietz, um jornalista antinazista que tinha revelado os planos secretos de rearmamento da Alemanha.

FONTE: r7.com

A Terra está em perigo

Dos quase 20.000 asteróides que rondam o planeta, cerca de 981 são muito perigosos. Alguns  poderão ter mais de 10 quilómetros de diâmetro, semelhantes aos que causaram a extinção dos dinossauros há milhões de anos. 

Afinal, os asteróides entre 100 e 1.000 metros de diâmetro que rondam o planeta não são 35.000, como era suposto, mas sim apenas cerca de 20.000. O risco de colisão também é mais pequeno do que era estimado até agora. O problema é que 981 (pensava-se que fossem 1000) são de grandes dimensões e podem, de facto, chegar a ameaçar a Terra.
As novas observações desses corpos celestes - que orbitam a uma distância máxima do sol de 195 milhões de quilómetros e se aproximam da órbita terrestre - foram feitas pelo satélite Wise, da NASA, que observou mais de 100.000 asteróides na cintura entre Marte e Júpiter, 585 dos quais estão próximos da Terra.
Os resultados  do estudo dirigidos pelo cientista Amy Maizer, investigador da NASA, foram publicados no "Astrophysical Journal".
 Na hipótese de colisão de um asteróide com o planeta, toda a Terra seria afetada

NASA LOCALIZOU 90% DOS 981 ASTERÓIDES DE GRANDE DIMENSÃO


"Este programa permite-nos fazer uma mostra mais completa da quantidade de asteróides que rondam a Terra e estimar da forma mais precisa possível a sua população total", enfatizou Amy Mainzer.
A NASA, em colaboração com outros organismos, localizou mais de 90% dos 981 asteróides de grande tamanho. Ou seja, 911.
O estudo permite concluir que o risco de colisão com a Terra é inferior ao que se pensava. No entanto, a maior parte desses asteróides, ou seja, cerca de 15.000, está ainda por descobrir. O que significa que são necessários mais estudos para avaliar o risco que representam. 
Recorde-se que os dinossauros foram extintos há milhões de ano devido - a teoria mais corrente - à colisão de um asteróide de mais de 10 quilómetros de diâmetro com a Terra. Acredita-se que muitos dos 981 asteróides que rondam o planeta terão dimensão semelhante.

FONTE: 

Expresso

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Aprenda mais sobre : Aquecimento Global


aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.

Consequências do Aquecimento Global
 As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno.

No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.

Efeito de Estufa
O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas.

O Degelo provocado pelas Alterações Climáticas
  Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a meta seja atingida, o principal é os Estados Unidos.

Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul.


FONTE: