Traços de partículas numa câmara de bolhas. Fotografia colorida da interacção de um neutrino na câmara de bolhas no FermiLab, próximo de Chicago. O neutrino entra na câmara de bolhas na extremidade direita mas não deixa traço porque é electricamente neutro. Interage quase imediatamente com um protão produzindo um mistura de partículas que seguem para a esquerda, curvando no campo magnético da câmara.
Os neutrinos têm sido, desde sempre um motivo de angústia na comunidade científica. Levou décadas desde a primeira insinuação da sua existência até à detecção efectiva da sua presença. Então, quando estudaram os neutrinos oriundos do sol, os cientistas ficaram espantados porque a quantidade de neutrinos detectada era muito inferior àquela que deveria ser produzida. Esta diferença foi explicada por aquilo que se denomina a oscilação de sabor, que causa a mudança entre três tipos de neutrinos conhecidos: neutrino do electrão, neutrino do Muão e neutrino do Tau. Agora, os investigadores têm-se deparado com outro enigma: os antineutrinos sofrem uma oscilação de sabor a uma taxa diferente da dos seus “negativos”. Esta constatação juntamente com a impossibilidade de detectar o bosão de Higgs, peça fulcral neste modelo científico, têm posto em causa a continuidade do modelo padrão.
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