Como é que conseguiríamos ver a superfície toda? Talvez com a ajuda de um espelho, colocado do outro lado da bola e alinhado com os nossos olhos. Assim poderíamos ter uma boa aproximação na visualização de toda a superfície da esfera. Ou então, com duas câmaras de filmar colocadas em lados opostos a fazer entre elas e a bola um ângulo de 180°. Com as filmagens lado a lado num monitor, ou utilizando um software apropriado que gere uma imagem tridimensional da bola a partir das imagens, poderíamos analisar o estado, no mesmo intervalo de tempo, de dois pontos distintos nas duas faces na superfície da bola.
Todo este registo tem um interesse acrescentado se ocorrerem eventos, fenómenos diferentes, num determinado momento, em cada uma das faces, e o interesse será ainda maior se formos afectados por esses acontecimentos.
Se olharmos o Universo à nossa volta, registamos que grande parte dos corpos celestes são mais ou menos esféricos. A Lua, os planetas, e o Sol são corpos aproximadamente esféricos. O que significa que, na sua observação directa, vemos só uma face, um disco de cada vez.
Se a face oculta da Lua, espaço de mistério romântico, sempre alimentou a curiosidade científica, a face ou disco oculto do Sol esconde informação que nos é útil.
De facto a superfície do disco solar, a coroa solar ou de Fraunhoffer, constituída por um “mar” de protões, de electrões e de outras partículas subatómicas a uma temperatura na ordem dos dois milhões de graus Celsius, no estado designado por plasma, apresenta uma dinâmica espantosa e dantesca que afecta inúmeras actividades humanas, assim como o clima do nosso planeta. São exemplos as tempestades solares, ventos solares de partícula ionizadas que atingem a Terra e que, por terem u,a natureza electromagnética, interferem com a nossa sociedade baseada numa transferência de informação dependente da electricidade e da radiação electromagnética.
Fonte: Blogs de Ciência
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